EPISÓDIO 11 – SACRIFÍCIO NO VULCÃO.

Olá pessoal, infelizmente pra nós chegou a hora que nós estávamos torcendo pra que nunca chegasse, o episódio 11, a etapa em que fomos eliminados do “The Amazing Race América Latina”, a hora de dizer tchal.
Eu sei que todos, ou pelo menos a maioria das pessoas que entrarem aqui no Blog, vão entrar mesmo pra acompanhar o resumo do episódio, de acordo com o que nós estávamos acostumados a fazer depois de cada domingo em que o programa era exibido, mas dessa vez, que nos desculpem aqueles que entraram aqui com essa expectativa, não vai rolar.
Não porque nós fomos eliminados, mas simplesmente porque lembrar sobre essas coisas nos deixa tristes e nada do que escrevermos aqui sobre o que se passou naqueles quase que três dias entre a República Dominicana e a Costa Rica vai mudar, nós vamos continuar eliminados e o que realmente aconteceu, com todos os detalhes, nunca vai sair dos limites de nossas memórias e das de quem esteve lá para vivenciar, pois, cada segundo daqueles três dias está vivo como se tivesse acontecido ontem, ou há um minuto atrás, e saber cada detalhe do que se passou é o que nos deixa orgulhosos de termos chegado aonde chegamos, lutando contra todas as adversidades, as da corrida e as que não deveriam ser da corrida.
É claro que gostaríamos de ganhar o prêmio, e todo o esforço que poderíamos fazer para isso foi feito, de tal modo que, quando chegamos ao topo daquele vulcão, aonde corremos, contundidos, saltando crateras enormes sem nos preocupar com a nossa integridade física, chegamos com uma certeza, a de que, dentro de nossos limites humanos, nós fizemos o máximo para tentar chegar a final, mas ainda assim, não se passa uma semana sem que sonhemos com aquele vulcão, e nos sonhos meus amigos, sempre ultrapassamos os argentinos naquela chegada, espero que um dia quem sabe o tempo apague esses sonhos de nossas cabeças.
Para aqueles que nos criticam, duvidam disso e de nossa capacidade, não posso dizer nada a não ser que uma aventura dessas é bem diferente de estar sentado no sofá de sua casa vendo no máximo 10% de tudo o que aconteceu, portanto, antes de falar qualquer coisa, pense a respeito disso só um pouquinho.
Como hoje não vamos falar dos outros 90% do que se passou na etapa, vamos nos despedindo por aqui, mas não com tristeza, e sim com um sentimento de dever cumprido e até mesmo de alegria, pois se colocarmos na balança tudo o que essa aventura trouxe de bom para as nossas vidas, com certeza ela vai pender para o lado positivo, lado esse que ficou, inesperadamente por nós, um pouco mais pesado depois da corrida, quando não esperávamos mais nada e ganhamos uma coisa talvez até mais importante do que qualquer dinheiro no mundo possa trazer, o reconhecimento e o carinho das pessoas de toda parte da América Latina, reconhecimento que talvez não tenha vindo de nossos compatriotas como gostaríamos, mas que por outro lado veio de pessoas de lugares distantes, de outras nações, que não tinham a mínima obrigação de torcer ou gostar de nós, mas o faziam por carinho e simpatia, simplesmente por gostarem de nós como nos apresentamos na televisão, que é como somos em nossas vidas, e é por isso, por ser tal fato inesperado, que isto representa tanto para nós, pois as coisas boas inesperadas são ainda mais gostosas.
Por isso, fica aqui nosso muito obrigado do fundo de nossos corações, para todas as pessoas, sem distinção de fronteiras e lugares, pois de vocês nós vamos sentir saudades mais do que qualquer outra coisa.
Mas antes de terminar tenho que dizer que ser eliminado na Costa Rica não foi tão mal assim, pois resolvemos ficar por lá uma semana a mais e aproveitamos para conhecer belas praias e surfar, e como eu disse sobre as coisas boas da vida, na Costa Rica foi onde eu peguei minha primeira onda, mais uma coisa inesperada da vida, por isso hoje eu posso dizer que a Costa Rica não é o lugar aonde ficamos fora do “Amazing” mas sim o lugar aonde aprendi a surfar e aprendi também que a vida é feita de ondas, umas boas e outras não tão boas, e como no mar, só ganha a felicidade quem tem a paciência de esperar pelas boas ondas.
Um grande abraço.

Daniel e Carlinhos