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2.11.09

EPISÓDIO 7 - "Porra Javier"


Olá pessoal, mais um episódio e mais explicações sobre o que aconteceu com nós nessa etapa, pelo menos é o que vamos tentar fazer mais uma vez, rss, mesmo que isso seja um pouco difícil, pois nós só podemos mesmo comentar basicamente o que foi exibido no programa.
Mas vamos lá, resumidamente essa etapa foi decidida pela sorte ou azar com os motoristas das caminhonetes que nos levaram de lugar para lugar em Bogotá e suas redondezas, ou seja foi definida na estrada, quem tivesse o melhor motorista levava. E pelo que vocês, que são bem espertos, perceberam assistindo o episódio, infelizmente não contamos com a “sorte” no quesito trânsito e motorista.
A etapa começou com as equipes saindo de Ollantaytambo com destino à Cusco, e nós com os argentinos sempre na nossa cola, tanto é que marcamos nossos nomes no quadro de horários no aeroporto em Cusco exatamente no mesmo minuto. Ainda no Peru, tomamos um táxi com um motorsta “meia boca” que depois de abrir vantagem dos argentinos na estrada até Cusco, ficou com “dózinha” de colocar seu carrinho na estrada de terra e pegou um caminho mais longo, enquanto o taxista dos argentinos entrou no espírito da competição e enfiou seu carro na terra chegando antes em Cusco, lá ainda voltamos a alcançá-los, mas, como o programa mostrou, o ditacujo do nosso taxista parou na portaria do aeroporto quando não precisava e os argentinos conseguiram colocar o nome primeiro no quadro de horários.
Mas pra falar a verdade se realmente soubessemos o motorista que nos aguardava na Colômbia, desejaríamos, do fundo de nossos corações, levar nosso taxista peruano que consideramos “meia boca” para a Colômbia, mas infelizmente isso não era possível, rsss.
Em Bogotá, deixamos o aeroporto mais uma vez com os argentinos pisando na nossa sombra, e, lá mesmo no estacionamento do aeroporto, pegamos as caminhonetes que nos conduziriam naquele país, coitadinho de nós, lá conhecemos nosso motorista colombiano, um cara baixinho, meio gordinho, meio careca, uma figura que seria até simpática a primeira vista se não fosse sua primeira atitude com nós ao entrarmos no carro, ao comprimentá-lo como de costume fazíamos com nossos motoristas, o cara parecia ter problema mental, é sério meu, ele ficou mudo com uma cara esquizita e fez sinal com a mão de que não poderia falar com a gente durante todo o trajeto, no começo foi até meio engraçado, demos risada pra valer, achamos que fosse até brincadeira, que ele fosse sarrista, mas o cara tava falando, ou melhor, “gesticulando” sério. Daí em diante não demorou pra começar nosso inferno astral colombiano.
Durante o trajeto até a cidadezinha colombiana “estilo Brotas”, cheia de cachoeiras e rios, nós fomos tentando ao menos estabelecer contato com o motorista e, como por um milagre, ele nos disse seu nome, Javier, esse é o nome do fanfarrão. Não foi preciso mais do que 15 minutos pro Javier cometer a primeira de muitas “cagadas”, me desculpem o termo ai gente, mas não tem outra palavra pra descrever, o cara já se perdeu logo na saída de Bogotá, daí tivemos que voltar quase metade do caminho e pegar a saída correta, nessa hora os argentinos, que até então estavam na nossa cola, abriram muito e chegaram bem antes que nós no Obstáculo.
Mas calma que não foi só isso, quando pegamos a estrada deu medo, o cara era muito ruim de volante, até hoje acho que ele estava realmente tentando matar a gente, rsss, cada curva era um emoção diferente, e olha que eu não fico enjoado nem em montanha-russa, mas o Javier quase conseguiu fazer com que nós vomitassemos dentro daquela caminhonete, rss, ele andava feito tartaruga nas retas e acelerava nas curvas, fora que o cara não sabia trocar de marcha, imagina um cidadão desses dirigindo uma caminhonete 4x4, só rindo pra não chorar.
Antes de chegar na entrada da estrada de terra que leva até as cachoeiras o Javier aprontou mais uma das dele, passou reto da entrada, quem nos salvou mesmo foi o motorista da Anna e do Rodrigo que deu aquela buzinadinha amiga pra avisar que ele tava errado, ah, esqueci de falar, essa hora todo mundo já tinha passado a gente na estrada, só não passaram o Guillermo e o Gabriel mesmo porque esses já estavam eliminados, rss. Mas sabe que eu não sei o que foi pior, o Javier quase passar reto da entrada ou o Javier voltar para a entrada, é isso mesmo, pois na hora que o cara botou aquela caminhonete naquela estradinha de terra sinuosa, te juro, parecia filme de terror, não sei até hoje como ele não matou nenhum cachorro atropelado, fora as cabeçadas que nós demos no teto caminhonte, ai ai.
Chegamos finalmente no Obstáculo, e vivos acreditem, agora além de eu (Daniel) ter um pé torcido, fruto das montanhas peruanas, tinha vários galos na cabeça, rss. Nós sabíamos que tínhamos uma missão, recuperar as posições perdidas na estrada, o Carlinhos mais inteiro mandou ver e foi de corpo e alma fazer o rapel, o cara se matou, parecia um louco, se jogou no meio das pedras, até bicho-de-pé o cara pegou, quando terminou de fazer o Obstáculo eu vi o cara quase caindo de exaustão, mas com muiiita raça cumpriu sua missão e passou a Tamara e a Anna que tinham chegado antes, só não passou a Ferna mesmo pois elas tinham muita vantagem, o cara acabou o Rapel nos deixando em segundo lugar, segundo lugar viu, é isso mesmo galera, recuperando as posições perdidas na estrada pelo Javier.
Mas como diz o outro “felicidade de pobre dura pouco”, a pista mandou e nós voltamos pra nossa caminhonte com destino à Fazenda de Café, ou melhor voltamos pro Javier, rss, daí não precisou mais que 1 km pra Anna e Rodrigo e Tamara e Matias passarem a gente na estrada, afinal era o Javier minha gente, o pior motorista da Colômbia, todo o esforço do Carlinhos foi em vão. Na estrada até a fazenda o cara fez de tudo, se perdeu, quase capotou nas curvas e quase matou um daqueles carinhas que ficam sinalizando na estrada com aquelas bandeirinhas de cor laranja fosforessente, foi uma fina, por questão de 5 centímetros o cara não vira presunto, depois dessa nós até desencanamos e pedimos pro cara maneirar, senão, além de eliminados da corrida iríamos voltar pra casa no compartimento de cargas do avião. Nessa hora desencanamos tanto que até paramos pra dar uma “mijadinha” com calma na estrada.
Aos trancos e barrancos, aliás muitos trancos, chegamos na Fazenda, mas não sem antes o Javier passar reto da entrada da Fazenda, caras, nessa hora deu vontade de bater no cara, foi um festival de palavrão, sei que não é certo xingar as pessoas por mais cabeçudas que elas sejam, mas foi muita coisa, não deu pra segurar, o Javier teve que ouvir uns bons palavrões em português, mas só serviu pra desabafar mesmo, pois ele continuou fazendo das deles, rss.
Na Fazenda, fora ter que costurar aqueles sacos de café, que foi um saco, rs, foi relativamente fácil e saímos de lá praticamente juntos com David e Daniel, ah, na saída pra voltar pra Bogotá, o Javier tava quase indo pro lado contrário minha gente, isso porque ele tinha acabado de vir de Bogotá, até nós que nunca havíamos estado por lá sabíamos o caminho.
Novamente em Bogotá, em um momento de lucidez do Javier, chegamos ao Museo sem nos perder, pegamos a pista do Desvio e escolhemos a opção do Spa, depois de tanto passar nervoso desde de o ínicio da etapa, acho que foi a escolha mais sensata, foi muito boa aquela massagem pra retirar o stress, ainda bem que não rolou a depilação que até pensávamos que poderia acontecer, rssss.
Saímos do Spa relaxados e melecados de chocolate, com coragem até pra encarar o Javier, que não se perdeu no caminho até as cabines telefônicas e a torre Colpatria, mas só pra não ficar barato ele escolheu o caminho mais longo até lá, o que permitiu que David e Daniel, que sairam do Spa depois de nós, chegassem na nossa frente no pit stop. Quando nós chegamos na cabine telefônica já sabíamos que deveríamos ir até a torre Colpatria, pois ouvimos a ligação do David, mas era preciso fazer nossa própria ligação antes de subir na torre.
Bom, saiu barato pra nós esse quinto lugar, acho que se as Casildas não tivessem a multa e se o colombiano Diego não estivesse com o joelho “podre”, nossa história no “Amazing” teria acabado ali mesmo em Bogotá, graças ao nosso ”muy amigo” Javier.
Sabe, que apesar de tudo não conseguimos sentir raiva do Javier, acho que adquirimos até uma certa simpatia por ele, se não me engano isso tem um nome né, Síndrome de Estocolmo, preciso dar uma confirmada no Google, mas acho que é isso, rss.
Bom, fica assim dessa vez, melhor sorte na próxima, bola pra frente e continuem nos acompanhando.
Um grande abraco.
Daniel e Carlinhos.

Um comentário:

Unknown disse...

olá
Realmente esse episódio foi tenso... a edição da cena de vcs ouvindo o Daniel e o David na cabine pareceu que vcs não tinham ouvido do telefone.
Embora vcs já saibam o resultado, continuo na torcida por vcs nessa aventura.
Abraços

Murilo - Joinville/SC

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